Labaredas

16 de junho de 2015

Vou te dizer uma coisa: Colocar tudo a perder por conta de um medo idiota é a maior dentre todas as burradas já cometidas pelo homem. 

Estilhaços

14 de junho de 2015

Aí eu te pergunto: “De quê adianta?”. Resposta: “Nada.”.
Você sorri. Se olha no espelho e pensa: “Estou perfeita.”. Retoca o rímel. Mais uma camada para deixar os cílios longas, como a de uma boneca. Você pisca uma, duas vezes. Os lábios continuam com aquele desenho divertido, com aquela curvatura perfeita, fazendo as suas bochechas rosadas doerem de tanto que está sorrindo. Sua burra, tudo isso vai acabar. 

O medo como a mais insana tragédia

11 de junho de 2015

O reflexo no espelho denuncia uma outra imagem. Ela sorri. Ela desenha uma curvatura tão perfeita naqueles lábios vermelhos, que é impossível não hipnotizar-se com tamanho encanto.

Que o vento te leve para longe enquanto reformo a caixa das minhas lembranças

4 de junho de 2015
Encontrei-a soterrada em meio às velharias. Como ela estava empoeirada! Eu a havia esquecido por tanto tempo, que por um instante imaginei que a tivesse perdido. Sei lá, os anos passam e muitas outras coisas são consideradas prioridades. A caixa é apenas um artefato arcaico, daqueles lendários, aparentemente sem uso algum.
De repente, alguém aparece e você sabe que aqueles segredos estão resguardados. O relicário está diante de seus olhos. Você o limpa, lustra ... Mas, e a chave? Pois é, quantos de nós sabe por onde anda a senha que nos fará brotar os sentimentos mais inesperados?  Reaver tal jóia requer tempo. A tranca não nos permite ver muito além do objeto em mãos. Nem ao menos adianta espionar pela fechadura. Lá dentro habita a escuridão.