Entre caminhos

27 de fevereiro de 2016

Há vozes que desnorteiam. Nos fazem perder o rumo, reverberam por nossa mente. Os olhos cobertos por fios desgrenhados não enxergam muito além de um palmo. O vento sopra os erros cometidos. Lamentamos as escolhas feitas.

Alguém falou que os sonhos nos tornam seres viventes. Mortos são aqueles sem dicernimento. Mas de que adiantam ilusões perfeitas, se despertos permanecemos inertes, como belas estátuas, contemplando a mesma paisagem?

Queria poder transitar entre o mundo dos vivos e o universo dos desacordados. Morrer enquanto a dor me dilacera a alma. Viver sempre que retirar a ponta afiada de uma flecha envenenada.

O mundo é o purgatório. Nele habito e decido meus próximos passos, de uma lista infinita de desejos a serem realizados.

Amanhecer, café com leite e os pensamentos nele.

14 de fevereiro de 2016

O amanhecer pincelava o firmamento com tons suaves de rosa, amarelo e azul. Pássaros voavam por aquela vastidão colorida, desejando participar daquela paisagem sublime, como se ao pertencer àquele efêmero momento lhes trouxesse motivos de sobra para levar seus cantos a quem deles precisasse.