Alguém falou que os sonhos nos tornam seres viventes. Mortos são aqueles sem dicernimento. Mas de que adiantam ilusões perfeitas, se despertos permanecemos inertes, como belas estátuas, contemplando a mesma paisagem?
Queria poder transitar entre o mundo dos vivos e o universo dos desacordados. Morrer enquanto a dor me dilacera a alma. Viver sempre que retirar a ponta afiada de uma flecha envenenada.
O mundo é o purgatório. Nele habito e decido meus próximos passos, de uma lista infinita de desejos a serem realizados.