Rede social serve mesmo pra socializar?

27 de novembro de 2015

Não é de hoje que venho notando um comportamento desrespeitoso pelas redes sociais. Antigamente, e nem é tão remoto quanto parece, sites como: Facebook, Youtube e Instagran serviam exclusivamente para que pudéssemos socializar. Pegávamos aquela foto super legal e a colocávamos na Internet. Algumas pessoas a viam, comentavam e davam suas curtidas. Só que agora a coisa toda mudou. Quantos de nós deixou um comentário inofensivo e de presente ganhou uma resposta grosseira? Quantos opinamos sobre um video e de quebra fomos hostilizados? Isso pra não dizer das vezes que levantamos uma ideia sobre a situação econômica do país e um bando de partidários políticos vieram com pedras e estacas. Sério, por essas e outras tenho repensado o que postar nas minhas redes sociais.

Ano passado eu tive minha primeira prova de que as pessoas utilizam o Facebook exclusivamente para tentar levar vantagem sobre o outro. Na época das eleições, os usuários pareciam enlouquecidos. Cada qual defendendo um partido, armando-se contra o pensamento contrário ao seu. Aquela idiotice de eleitores coxinhas foi a gota d’água. Víamos claramente a divisão de um país na qual guerreava-se por conta de políticos que, diga-se de passagem, não merecem ser defendidos ou o que mais se possa dizer a respeito. Quando eu comento sobre o assunto, nunca levanto a bandeira do partido X, Y ou Z. Gente, é burrice tornar-se alienado e crente em uma única ideia, como se ela fosse a maior dentre todas as verdades. Olha pra esse bando de senadores, deputados e ministros. Olha quantos deles já pularam de partido em partido, jurando que a nova escolha detém seus grandes e certeiros ideais. Sério mesmo, meu senhor? Quer dizer que quando Vossa Excelência se uniu ao candidato W, pelo partido K, aquilo estava longe de o representar? Então por que deveríamos acreditar que dessa vez a coligação com o grupo J é o que de fato mostra quem é? Esse é o ponto, pessoal! Todo mundo tá tão enlouquecido, querendo mostrar que sua ideia é a certa, que não pára pra pensar que partidos destorcem qualquer tipo de ideal e que não adianta levantar bandeira pra defender instituições políticas que mudam seus discursos a cada novo escândalo que aparece na mídia.

Este ano tive outra prova de que tem muito Youtuber bancando o ditador. Uma coisa é você se expor e dizer o que pensa. Outra, totalmente diferente, é você receber comentários negativos, que vão contra seu pensamento no video, e dizer que o comentarista é um filho da puta e que não entendeu o que a sua brilhante mente estruturou. Atualmente são poucos os “famosos” que acompanho. Youtubers como: Tati Feltrin, Cabine Literária, Fetiche Literário, JoutJout e uma italiana fofa chamada Greta são os que admiro. Eles falam de livros, de vida, de ideias, mas sem desagrado, sem grosseria, com muito respeito. Teve uma época que o Danilo, do Cabine Literária, postou videos bem sinceros sobre construção de enredo para um primeiro romance. E, de verdade, um monte de gente disse que ele pareceu arrogante, só que não foi bem assim. O Danilo jogou a real e eu, como escritora iniciante, compreendi totalmente o que ele quis dizer. E, na boa, não temos que passar a mão na cabeça da pessoa só porque ela é uma fofurinha. Páraaaaaa!!! O mundo lá fora não vai te puxar pela mão e te mostrar a coisa certa a fazer, de que modo fazer e quando fazer.

Quando eu fui escrever a minha primeira matéria pro jornal da faculdade, achava que ia arrasar, que meu texto tava perfeito e que ele seria publicado daquele mesmo jeito. Só que isso não aconteceu. Meu professor saiu riscando frases, mandando eu mudar os parágrafos de lugar e reescrever o título que estava uma bosta. Fiquei muito chateada porque achei que não sabia escrever. E quer saber? Dou graças a Deus por ter aprendido essa lição. Porque escrever pra um jornal é completamente diferente de escrever pra um blog, fanfic ou o que mais queira fazer. Todos os veículos possuem suas particularidades e cabe a nós aprendermos o jeito certo de fazer. Porém, para que o consigamos, temos que aprender na prática, ouvindo muitas vezes que o material apresentado tá uma droga e que o caminho é longo pra obter a pegada certa. 

De qualquer forma, tem Youtuber que ODEIA ser contrariado. Uma vez, e eu cheguei até a fazer um post a respeito, - vou deixar o link aqui - uma garota fez um video falando o quanto estava infeliz porque os meninos não olhavam pra ela quando a mesma se vestia de modo comum. Só que era irônico o fato dela falar esse tipo de coisa usando um cosplay que mostrava um decote provocante, com uma maquiagem maravilhosa, mostrando que ela era totalmente desejável. Só que eu sou o tipo de pessoa que observo e simplesmente desconstrói essa falação toda. Eu mostrei que ela não era vítima a partir do momento que TODOS NÓS olhamos à nossa volta apenas o belo e, o que não nos apetece, é simplesmente deixado de lado. Que é errado nos vitimarmos com algo que nós mesmos fazemos. E, adivinhe. A menina ficou emputecida, me xingou até não aguentar mais e por fim me deletou do seu Face. Triste? Nem um pouco. Isso só prova o quanto meu raciocínio está correto.

Por fim, ontem a noite, recebi uma notificação de que alguém comentou em um post meu no Youtube. O video era de uma menina que estava falando sobre assistência técnica do Iphone 6 Plus que comprou lá fora. E, para ser honesta, eu nem me recordava mais do meu comentário. O que eu sei é que comentei sobre ter preferido comprar meu Iphone na loja X, porque estava mais barato que na Apple e que era bom saber que se no futuro eu fosse lá pra fora, eu poderia comprar um aparelho sem me preocupar com esse tipo de coisa. Só que chegou um “espertinho" que simplesmente soltou: “Ah, você é rica, caga dinheiro e blá, blá, blá”. Eu reli as frases umas cinco vezes, enquanto tentava compreender o que aquele energúmeno tinha na cabeça pra vir hostilizar o meu comentário, que nem era dirigido a ele e sim à menina do video, que por sinal eu agradeci a dica dela. E, admito, por uns dez minutos eu comecei e apaguei a resposta “perfeita”. Todavia, quanto mais eu tentava responder à altura, menos correta eu a enxergava. E quer saber? Não comentei NADA. Eu simplesmente denunciei a pessoa e bloqueei qualquer novo comentário que ele chegasse a me fazer. Não fiquei digitando, muito menos me estressando com esse cidadão desocupado com a vida e que precisa iniciar confusão sem motivo algum. Fui simples e eficaz.

Volto à minha primeira pergunta: Rede social serve mesmo pra socializar? Será que as pessoas são tão infelizes com a vida real que precisam dar início às mais diversas guerras só pra se sentirem melhores e superiores? Tem muita gente que posta coisas inofensivas, pensamentos claros e coerentes. Entretanto, sempre vem alguém só pra gerar a discórdia entre o pensador e os ensantes. Pra quê? O que ganha com isso? O que eu sei, é que tenho pensado muito em deletar meu Facebook. Só não o fiz ainda porque minha página do blog precisa ser gerenciada. Caso contrário, já teria acabado com essa "rede das tretas infinitas”. Pra amenizar meu desagrado, andei retirando algumas pessoas que usam suas linhas do tempo para se mostrar, pra bancar os populares e desejáveis. Sorry, não preciso disso. E, podem apostar, vocês não precisam desse tipo de “amigo”. Vocês precisam ser felizes com o que possuem e deixar que comentários negativos fiquem de lado, mesmo que para isso você precise denunciar e bloquear o autor. 

 

2 comentários

  1. Rede Social é meio complicado. É, sempre foi e sempre vai ser uma grande polêmica.
    Pra mim, tudo em excesso é veneno (ditado da vovó, mas vale).
    Estou te seguindo já por aqui, beijos!

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    1. Sim, sempre é uma baita polêmica. O problema é que as pessoas transformaram as redes em algo que mais parece a arena de jogos vorazes, do que um lugar pra amizades.

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