Observando...

8 de fevereiro de 2015
Na maioria das vezes é extremamente fácil dizer que tudo está bem, quando na realidade, tudo tá uma grande merda. É ainda mais fácil fingir perfeição e segurança quando você esconde a cara pro mundo e finge uma conformidade, dentro de um mundo ilusório. Difícil é admitir que tudo tá a ponto de explodir e que você precisa desesperadamente fazer alguma coisa por si mesmo, antes que o mundo te engula. 
Eu sei que cada pessoa possui o seu próprio tempo. Cada um amadurece de acordo com o grau de de níveis que a vida lhe impõe. Sei que não dá pra simplesmente exigir maturidade, quando o outro ainda está longe daquela fase que você já se encontra. E talvez, só talvez, tenha sido este o meu erro. Porque, com toda a certeza, eu sei que apesar de amadurecermos em momentos diferentes, há coisas em cada um de nós que amadurecem um pouco mais rápidas do que outras. E, na maioria das vezes, estamos tão compenetrados com as nossas próprias adversidades, que nos esquecemos totalmente de que há um brilhantismo no modo que o outro enxerga determinada coisa. Porque, você sabe: somos maduros e ao mesmo tempo imaturos. Somos seres bipolares, daqueles que acertam em meio aos erros, que fazem os outros sorrirem em meio às lágrimas. 

O problema, se é que posso chamar isso com esse tipo de conotação, é que uma amizade, seja ela qual for, deveria ser ambivalente: dar e receber. Deveria ser algo que você fala e o outro te responde e, para logo em seguida esse alguém te dizer mais alguma coisa que te obrigue a manter a linha de raciocínio. É provável, que eu precise compreender e passar a agir sem esperar nada. Sem esperar que o outro faça o que na minha cabeça ele deveria fazer. Porque eu preciso parar de querer controlar as coisas e deixar que elas façam o que devem ser feitas, a seu tempo. Porque, uma coisa sou eu exigir de mim a responsabilidade de meus próprios atos, outra, completamente diversa, sou eu exigir dos outros ações que eles mesmos não conhecem e não estão dispostos a conhecer. Mas, quanto mais eu penso a respeito, por que esse pensamento ainda me parece tão equivocado? Quer dizer, a vida não é fácil. Na maioria das vezes a gente precisa matar um leão por dia. Então, por que tudo ainda parece tão desconexo? Eu simplesmente só queria entender. 

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